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Izabel Bento

Problemas

Se você tem problemas,
como todo mundo tem,
não se assuste se eu lhe falar,
que eu os tenho também.

Não é preciso nem mesmo comentar,
Para que eu possa perceber,
um fina lágrima rolar,
no seu rosto a umedecer.

Mas se você está tão triste,
porque não pensas que isso são lições,
às vezes a vida fez que tu caístes,
para que não te iluda com os empurrões.

Deixe que se passe essa correnteza,
de prantos, mágoas e dor,
depois verás que a vida é uma represa,
que jorra o perdão em forma de amor.


Sinais da natureza

Eu vi a lua brilhar,
no céu e lhe direi,
parece que estava a velar,
pelos beijos que te dei.

Também murmurou contente o mar,
que hoje nele me banhei,
estava ele a cantar,
o mesmo canto que lhe cantei.

E na noite, o sol pode esperar,
aos abraços doces que provei,
para amanhã me relembrar.

Que eu sempre te amarei,
e que com a lua, o sol, o mar,
e junto a ti eu ficarei.


Talvez

Se um relógio medisse,
cada minuto que penso em você,
talvez ele desistisse,
de tanto tic tac fazer.

Talvez seja minha maluquice,
por maluca por ti eu ser,
que nem mesmo eu ouvisse,
tanto tic tac o relógio bater.

Quem sabe não seja sandice,
apenas meu jeito de ser,
talvez em ti eu visse.

O único amor que eu possa ter,
e talvez eu decidisse,
nunca mais te esquecer.


Tempo, Mestre!

Tempo...
Tu que és mestre,
Ensina-me a Ter calma,
Ajuda-me compreender-te!

Ensina-me Ter-te comigo sempre,
Se tudo envolve a ti,
Se a vida também conta contigo...
Levanta-me e guia minha vida
Em suas rédeas.

Faça-me, força-me a amar-te!
E ao mesmo momento isso,
Para mim é natural.

Ajuda-me contigo esquecer minhas mágoas,
E venha na hora certa,
aconchegar-me em teu doce espírito.

Tempo, que engraçado!
Às vezes falo contigo,
Como se tu fosses Deus.


Doces sonhos

Doces pensamentos,
me trazem você,
Soltos em rebentos,
na luz da tv.

Andando contra o vento,
Pelas ruas a me esconder,
São elas desalento,
Pois não me trazem você.

Então por um momento,
Eu começo a perceber,
E em um tino, um atento,

Sei que a ti preciso ver,
Foi-se embora o meu tormento,
Já se há o que fazer.


Seu olhar

Esse seu olhar,
Castanho na escuridão,
Moreno está a me embalar,
Nas ondas desta paixão.

Os deuses estão a se encantar,
Atingem a imensidão,
Estão querendo desvendar,
Seu rumo, sua direção.

Está este a me intimidar,
Em mim se torna emoção,
Onde vai ele se encontrar.

Se olham em minha direção,
Você e esse seu olhar,
Invadindo o meu coração.


Luas de verão

Vem chegando uma nova estação,
Depois daquela que semeia,
São quentes sóis de verão,
Que a natureza incendeia.

A brisa é como canção,
Canta bela e faceira,
Nos faz bem ao coração,
Encanta como feiticeira.

Cede calma em trovão,
A chuva é cachoeira,
Molhando este chão.

Que a sede das plantas freia,
A lua é imensidão,
E os olhos dos homens clareia.


Olhos de cativador

Esses seus olhos brilhantes,
Incorporam divina cor,
São eles tão penetrantes,
Te tornam tão tentador.

Quem dera fossem pulsantes,
Para revelar seu interior,
Mas são eles tão falantes,
Que te fazem um simulador.

Mas são olhos tão soantes...
Que vêm em mim se impor,
Fazem meu corpo e alma amantes.

Dos teus olhos de condor,
Já não sou mais como antes,
Desde tu, cativador.

Tradução

Tenho a paixão a me guiar,
Com sonhos a me invadir,
Por que não haveria de sonhar?
E como não me iludir?

Se estou sempre a me lembrar,
Do seu jeito de seduzir,
Não há como afastar,
Não há porque tolhir.

Não há como dissimular,
Não há porque fugir,
Se é pra você que vou entregar.

Tudo o que me vem consumir,
E se existe mesmo o amar,
É você quem vem traduzir.


O que posso querer?

Um beijo suave e breve,
Sempre me lembra você,
Em uma redenção leve,
Quando me enlaço em seu ser.

E quando você me pede,
Um carinho pra te envolver,
Um profundo olhar já serve,
Para eu lhe entender.

Contigo nada se perde,
Tudo se faz acontecer,
O tempo não se mede...

Quando eu tenho você,
E se dizes que quer-me,
O que mais posso querer?


Saudade

Saudade dor que angustia,
Não poder contigo estar,
Passa assim a agonia,
Em não poder lhe demonstrar.

Toda minha mania,
Em você sempre pensar,
Esperando noite e dia,
Vendo as horas a passar,

A saudade é chama fria,
Faz da vida me queixar,
Mas como a decifraria?

Se ela está a machucar...
Mas por ti suportaria,
Se eu pudesse te encontrar.

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Yuri Achcar A. Maranhão

Inocência

Quem dera os sentimentos fossem escolhidos
Para que tivessem o menor dos sentidos
Quem dera a límpida imagem de um dia de sol
Não roubasse a inocência de uma outra estação

Pois, alheio à maldade, encontro um caminho
De cores e imagens que crio sozinho
A razão não é senão o doce alimento
Da fantasia agredida pelo tempo

Deixo as horas passarem sem medo
Descobri o maior dos segredos
Faço dos segundos estrelas cadentes
E da inveja um singelo presente

Com sua força ao meu lado
Não há caminho errado
Capaz de impedir
Um coração de ser feliz

Litoral Interior

Meu corpo sem o seu
É preenchido por um enorme vazio,
Onde abrigo as mais belas dunas.

Os pêlos tornam-se palmeiras que choram
Ao dobrar-se à ventania da solidão.
Os grãos de areia voam de encontro ao corpo nu
E a saudade arde forte em meu peito.

Lagoas se formam com as lágrimas da distância
E refletem o azul do nosso céu.

O calor do Sol completa a magia,
Cessando a ventania e trazendo o seu semblante
No espelho da minha alma

Flores Fictícias

Será que eu estava mesmo pronto
Pra enfrentar isso sem você
Somente quando fico tonto
Sinto o meu verdadeiro poder

Mas isso tudo é muito confuso
É bom e ruim ao mesmo tempo
Do meu lar, você foi intruso
Mutação de remédio a tormento

E a dor que suportei até agora
Não encontra mais a cura
Nos seus sonhos que vão embora
Sem indicar a saída segura

Eu vou seguir o correto caminho
E buscar a felicidade a partir de mim
E quando eu me ver sozinho
Lembrarei que não foi tão difícil assim

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